quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Texto é Extase

da calma que remonta a alma
externa de maneira...
merda!
[rascunho]
sábio de flores... (?)
manha
mas calma!
que loucuras remontam razões
e questões não escritas podem
respostas obter de calmas
rosas... sábias...

O sentido que falta ao rascunho
deixa margem para texto
do leitor que, aflito,
remonta as friezas do rabisco
manchando o que escrevo
com tríades estranhas de desejo
interpretante.

Ó rosas de amores cálidos
forma martírios de cadência
raros
e o disforme rosto do além
amedronta
a fria candura de razões
apronta
[é rascunho! é rascunho]
(rascunho do rascunho)

sábado, 16 de maio de 2009

À margem do rio-sem-leito

Passei por loja de algo translúcido
nem sei qu’é, mas num queria
acabei vendo meu ser de outro no espelho
sei que tava fosco e opaco aquele meu imagem borrada
mas via.


De tanto que mirava tamanha maravilha o pobre de olho virava
e entendi onde tava um’alma pra pegá
querendo colocá em lugar que antes nem pensava que passava.


Minha alma... minh’alma... minúscula... menor...
podia andar por qual nem eu sabia
e entrava em espaço qu’eu por vezes nem via
não deixava de ser eu na imagem virada
as vezes perecendo em vidro ou espelho mais limpo
... melhor!
Pior?


Aquele que era eu podia andar em lojas caras
que na vida por respeito não entrava
Não tem de quê.
Ou viajar por entre espelhos de casas
qui ca minha inteligência, num tinha jeito,
pra mim não tinha leito.


Motivo pra tá lá tem minha alma...

Será que no céu tem espelho?