quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um rondó e nosso "rondò"

Bom pessoal, hoje vou fazer algo um pouco diferente do meu estilo de postagem no Blog.

Encontrei no meio de um monte de papéis uma versão da poesia "Rondó dos cavalinhos" que eu, o Caio, a Eunice e a Cinthya fizemos no nosso primeiro ano no curso de tradutores. Deu muita saudade e, claro, como foi o meu primeiro trabalho vertendo uma poesia, acho importante que ele conste aqui, certo?

É do português para o italiano, então postarei as duas.

Espero que gostem! Abraços

Pedro Freire



O Rondó dos cavalinhos

(Manuel Bandeira)

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Tua beleza, Esmeralda,
Acabou me enlouquecendo.


Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O sol tão claro lá fora
E em minhalma — anoitecendo!


Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Alfonso Reys partindo,
E tanta gente ficando...


Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
A Itália falando grosso,
A Europa se avacalhando...


Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minhalma — anoitecendo!



Il rondò dei cavallini
(Pedro, Caio, Eunice e Cinthya)

I cavallini correndo
E noi, cavalloni, mangiando...
Tua belezza, Smeralda...
E mia sanità mi va lasciando.

I cavallini correndo
E noi, cavalloni, mangiando...
Sole così chiaro lì fuori
E mi'anima - annottando.

I cavallini correndo
E noi, cavalloni, mangiando...
Alfonso Reyes partendo,
E tante persone restando.

I cavallini correndo
E noi, cavalloni, mangiando...
L'Italia parlando molto,
E l'Europa si scoraggiando.

I cavallini correndo
E noi, cavalloni, mangiando...
Il Brasile negoziando...
Va'! La poesia morendo...
Sole così chiaro lì fuori
Sole così chiaro, Smeralda,
E mi'anima - annottando.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Marina do mar

Certa vez vi a beleza que em pura luxúria me envolveu
Uma mulher-menina pura veio com seus lábios e candura
Me abateu

Durante a queda viajei por seu corpo malvado
Leve e delgado
Desejando teus olhos cercados
Por brilhos de belezas mil

Beijando seus lábios
(astrolábios)
Encontrei a fina doçura que tamanha luxúria
Demonstra em sonhos de verdade dura...
Tal realidade pura em meu coração,
Ou talvez não.

Verdade essa que conheço de outra vida...
Quem sabe nela contigo pude um dia ser senil
Para sempre com teus brilhos de belezas mil
Mulher-verdade
Linda-vaidade
Beleza sem fim...
Que amo mais que a mim.