terça-feira, 23 de setembro de 2008

Anjos de Porcelana

Eis mais um dia nojento
Manhã de terror que finda meu tormento
Baque surdo que relaxa minha dor

Eis aqui o homem
Filho da impaciência e da desonra
Cria temporã e sem sorriso
Rosto liso de infiel
Lacaio frágil como papel
Rasgado pelas mãos vis da piedade
Cuspido pela boca suja da fidelidade
Espancado pela embriagues do amor

O que consola este homem
É saber que cada momento existente
Faz parte desta descrição desoladora
Portanto, chore
E que seu pranto negro lave sua alma.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Poética

Aos coros dos belos termos
canto poesia como, eu, conheço
pois verdade não toca freios
arreios
tão frios que amedrontam
tocam
o real poético sem meios
termos.