É chegada a hora.
Tempo de noite, onde o medo mora.
O sino já chorou
choroooooouuuuuu
choroooooouuuuuu
marcando a hora
que m’encerrou.
Esta masmorra , só minha,
com grades de ponteiros,
cela infeliz e medonha,
conta a chegada d’um barqueiro que caminha
para me levar em sua viagem enfadonha...
É hora!
Já vejo a Morte, minha senhora,
(Sem... hora. Sem... hora. Sem... hora)
montada em corcéis de fulgor
munida de foices e relógios
que numa abaixada, seguida de ósculos,
carrega-me na calmaria de seus braços
para o calor-frio de seu amor.
E caminho
ouço fraco o sino que batia
marcando, no eco inconsciente,
o tempo que morria.